Como a resposta de Kant ao empirismo revelou a complexa estrutura da cognição humana: um estudo fenomenológico do conteúdo mental

Autores/as

Palabras clave:

Fenomenologia. Conteúdo mental. Unidade sintética. Conhecimento.

Resumen

Restaurar o fundamento epistemológico da ciência natural através da identificação da unidade sintética das representações modais e contrafactuais – aquelas que presumem o carácter necessário das possibilidades restritivas do mundo empírico – foi o principal objectivo de Kant ao opor-se a Hume. Mas, para o fazer, teve de alterar significativamente a teoria empirista da capacidade cognitiva humana, de tal modo que a ideia de mente já não fosse capturada por uma definição estreita de psicologismo. Ele não apenas desenvolveu novas explicações para inferências sintéticas ou contentísticas (que mais tarde foram tecnicamente desenvolvidas por teorias lógicas intuicionistas não clássicas), mas também avançou a filosofia da mente em direção a uma representação idealizada de estruturas mentais, estendendo nosso conhecimento psicológico a teorias complexas sobre a correlação entre conceitos a priori e intuições. Delinearemos a trajetória de Kant nesse sentido na Crítica da Razão Pura, incluindo sua absorção pela fenomenologia de Husserl no século XIX, e ofereceremos conclusões sobre como essas teorias anteciparam soluções semânticas sobre o conteúdo da intencionalidade e do conteúdo mental.

Biografía del autor/a

Lucas Vollet, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Citas

BACON, F. The New Organon. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.

BRANDOM, R. A Spirit of Trust: A Reading of Hegel’s phenomenology. Cambridge: Harvard University Press. 2019.

FREGE, G. The Foundations of Arithmetic. Evanston: Northwestern University Press, 1950.

GOODMAN, N. Fact, Fiction and Forecast. Cambridge: Harvard University Press. 1983.

HEMPEL, C. G. Aspects of scientific explanation: And other essays in the philosophy of science. Free Press, 1965.

HUME, D. A Treatise of Human Nature. Oxford: Oxford University Press, 1978.

HUSSERL, E. Logical Investigations Volume 1. New York: Routledge, 2001.

KANT, I. Critique of Pure Reason. The Cambridge edition of the works of Immanuel Kant. Cambridge: Cambridge University Press, 1981.

KRIPKE, S. A. Naming and Necessity: Lectures Given to the Princeton University Philosophy Colloquium. Cambridge: Harvard University Press, 1980.

KRIPKE, S. A. Wittgenstein on rules and private language: an elementary exposition. Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 1982.

POPPER, K. R. The Logic of Scientific Discovery. London: Routledge, 1935.

RUSSELL, B. On Denoting. Mind, v. 14, n. 56, 1905, p. 479-493.

SELLARS, W.; RORTY, R.; BRANDOM, R. Empiricism and the Philosophy of Mind. Cambridge: Harvard University Press, 1997.

SMITH, B. Husserl’s Theory of Meaning and Reference. In: HAAPARANTA, L. (Ed.). Mind, Meaning and Mathematics: Essays on the Philosophy of Husserl and Frege. Netherlands: Kluwer Academic Publishers, 1994. p. 163-183.

STALNAKER, R. Context and Content: Essays on Intentionality in Speech and Thought. Oxford: Oxford University Press UK, 1999.

Publicado

2024-07-29

Cómo citar

VOLLET, L. Como a resposta de Kant ao empirismo revelou a complexa estrutura da cognição humana: um estudo fenomenológico do conteúdo mental. Kairós: Revista Acadêmica da Prainha, Fortaleza, v. 20, n. 1, p. 77–98, 2024. Disponível em: https://ojsteste.ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/516. Acesso em: 19 sep. 2024.

Número

Sección

Dossiê Filosofia da Mente